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Na tardinha agitada os sons que apimentam o dia vão se esvaindo, e eu aproveito pra ouvir o cantar insistente dos pássaros que de pronto se despedem do Sol. A impressão que tenho é que eles agradecem pela luz e calor alegre, se eu fosse um pássaro com certeza faria o mesmo. Já que pássaro não sou, já que não posso voar, já que não vejo o topo do mundo como se fosse o quintal de casa, vou fazer um chá. Mas não é qualquer chá, é o chá do Conjuro. Uma vez meu avô me disse que o chá do Conjuro é o feitiço mais doce que existe. Tira dor de cabeça, cansaço e tristeza. Tira falta de ar e trás sorte pro lar. Assim que a água ferve já posso pensar no sabor doce do chá do Conjuro e aquela fumacinha cheirosa subindo. Toda tarde me lembro do chá do Conjuro, da saudade do meu avô e dos pássaros saudando a luz do Sol.
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