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Meu nome é Alícia

  • Foto do escritor: P. Pontes
    P. Pontes
  • 26 de out. de 2019
  • 1 min de leitura


Olá meu nome é Alícia, tenho 26 anos e um nó na garganta. Minha maior vontade hoje é parar de respirar, pra sempre, e não sentir mais nada.

Acabei de chegar em casa da minha aula de dança, após trancar a porta, não consegui dar mais nem um passo, desabei no chão, o ódio era tanto, que nem tive voz pra gritar, chorei a alma pra fora. Senti ódio de mim, e enquanto eu chorava minha maquiagem se desfazia inteira, olhos borrados, arranquei o baton a força no pulso. Que nojo.

Cansei de ser viva, de sentir, de pensar, de tentar aliviar a dor com pacotes de bolacha e séries de TV. Até tentar dormir me dá desespero. To escrevendo esse bilhete porque sei que uma hora vão arrombar meu apartamento, mas quando lerem isso, meu corpo já vai estar frio e vou estar longe daqui.

Para aqueles que me julgarem, quero que saibam que não me importo, para os que sentirem minha falta, recomendo que sejam felizes e se cuidem para não acabar como eu. Cansei.

...continua...


 
 
 

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