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A Vagina da Deusa

Foto do escritor: P. PontesP. Pontes

A Vagina da Deusa Eu sou Gaya a Grande Vagina Mãe do mundo; Eu sou O Portal da vida e morte, onde todos os seres, deuses e humanos; animais e vegetais; estrelas e astros; vêm à existência. Existência no mundo dos vivos e dos que já viveram. Eu sou a Deusa, a Filha e a Virgem, é por mim que tudo acontece. Antes do verbo, era o Útero e o Útero era meu. Eu sou aquela que deu à luz às montanhas e também aos homens, homens e montanhas, animais, pássaros e seres são irmãos. A Terra da grama é a face de Gaya, a nuvem do céu é a face de Gaya, o Sol é filho de Gaya. Ela deu à luz quando a luz se fez. Dos seios da Deusa o planeta se sustêm, do ar de seu fôlego o planeta pode respirar, se Gaya parar, a vida dos homens também parará. Mãe Gaya recolhe em seu útero todos os mortos, gestando eles em seu ventre, para depois parir novamente, sem ela não há vida. A Grande Mãe governa o mundo, antes dos homens presunçosos e antes dos pequenos deuses ela já estava lá, com a vagina aberta a sangrar pela vida. Os homens que apontam armas e phalos esquecem que um dia foram bebês chorosos carentes de colo, esquecem que nasceram de uma vagina, esquecem que nasceram de sangue. Homens não tem útero, eles não sabem gerar filhos, eles matam a Terra, matam Gaya, violentam Gaya, eles esquecem que ela é sua Mãe. Mãe Gaya cobra o preço, o preço é ter de morrer. O homem nasce e morre chorando de medo, sozinho e nu, até aprender a respeitar sua Mãe e irmãos. Vai encarnar e sofrer até entender que a mulher é o espelho de Gaya, o Portal divino da Vida, A Vagina do Mundo. Texto autoral de uma Filha de Gaya.


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